Tratamentos

Gravidez após os 40 anos

Porque mulheres acima de e 40 anos podem ter mais dificuldade para engravidar?

A resposta está relacionada principalmente ao número e a qualidade dos óvulos que podem estar comprometidos, diminuindo as chances de gravidez nesta faixa etária.

A avaliação quantitativa da reserva ovariana pode ser realizada pela análise de alguns hormônios e pela contagem de folículos através do exame ultrassonográfico realizado durante o período menstrual. Em relação a qualidade dos óvulos, infelizmente não há nenhum exame disponível até o momento, mas sabemos que a eficiência reprodutiva dos gametas de mulheres mais velhas é menor do que os de mulheres com menos de 35 anos.

A chance de uma mulher com mais de 40 anos engravidar espontaneamente é menor do que 10%. Quando utilizamos a técnica de fertilização in vitro, conseguimos melhorar muito esta expectativa. As taxas de gravidez de mulheres com mais de 40 anos podem chegar a 50% quando são submetidas a transferência de embriões biopsiados e cromossomicamente normais .

Mulheres mais jovens produzem embriões cromossomicamente normais com mais frequencia que mulheres com mais de 40 anos. O desafio da maturidade é encontrar um bom embrião, ou seja, para estas pacientes, frequentemente são necessárias mais de uma estimulação ovariana

E como otimizar o processo:

Primeiro: preparar a paciente para o estímulo ovariano. Perda de peso e utilização de alguns hormônios previamente ao ciclo que será induzido podem melhorar a resposta ovariana destas pacientes.

Segundo: individualizar o tratamento. Dependendo da reserva ovariana e histórico da paciente podemos utilizar técnicas especializadas como Mini FIV, DUOSTIM e DUAL TRIGGER

Terceiro: Acolher. Estas pacientes sofrem muito com a incerteza de resultados e com a ameaça do tempo na sua fertilidade. Informação, detalhamento do processo, disponibilidade para duvidas e “olho no olho” fazem toda a diferença .

 

Mini FIV

Tratamento de fertilização in vitro que utiliza poucos medicamentos durante a indução da ovulação.

Em um ciclo menstrual natural há o amadurecimento somente de um óvulo. No processo de fertilização in vitro utilizamos a indução da ovulação com alguns hormônios para que sejam recrutados e amadurecidos mais óvulos, melhorando as chances de se encontrar um bom embrião naquele tratamento.

Na mini FIV, esta indução da ovulação ocorre de uma maneira leve, com menos hormônios.

Mas não seria incoerente ter menos óvulos e, portanto, menores chances? A pergunta é boa e de fato quanto mais óvulos, melhores as chances de se encontrar um embrião normal. O fato é que algumas pacientes por terem uma limitação importante do numero de óvulos não se beneficiam de altas doses de hormônios, já que estas medicações não são capazes de “fazer a mulher produzir óvulos”, mas sim de recrutar o que elas já tem. Sendo assim, para mulheres com baixa reserva ovariana, a mini FIV pode ser uma opção de estímulo ovariano menos custosa e com menos efeitos colaterais.

 

DUOSTIM

Técnica de dupla estimulação ovariana que pode ser utilizada para pacientes com baixa reserva ovariana ou más respondedoras.

Nos tratamentos convencionais normalmente o estimulo ovariano inicia-se na menstruação . Neste protocolo o estimulo pode ser iniciado após a coleta de óvulos .

Como funciona?

A primeira fase do tratamento inicia-se com o estímulo ovariano no período menstrual. Após a coleta dos óvulos é iniciada uma nova estimulação ovariana, antes da próxima menstruação que aconteceria após 7 a 10 dias do procedimento.

A finalidade é obter um maior número de óvulos em um menor intervalo de tempo.

 

DUAL TRIGGER

Técnica utilizada para pacientes com baixa reserva ovariana e pacientes com histórico de muitos óvulos imaturos. Dual Trigger significa duplo gatilho e é um protocolo de medicação que pode aumentar o número de óvulos maduros e as chances de gravidez nos tratamentos de fertilização in vitro.